sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mais comparações entre Ledger e Nicholson


Em junho, para celebrar os 20 anos do lançamento do longa Batman, o site G1 fez diversas considerações sobre o filme. Confiram:

Escolher um cineminha de final de semana em junho de 1989 era tarefa fácil. "Querida, encolhi as crianças", "Sociedade dos poetas mortos", "Caça-fantasmas 2", "Karatê Kid III"... Mas, por mais saudades que tenham deixado, talvez nenhum destes clássicos do cinema pop tenha a força para rivalizar com "Batman", o primeiro da bem-sucedida franquia dos quadrinhos, lançado nos Estados Unidos em 23 de junho de 1989.
Com um orçamento de mais de US$ 30 milhões - considerado alto para a época -, "Batman" chegou às telas em plena comemoração dos 50 anos do herói da DC Comics. Dirigido por um Tim Burton recém-saído de "Os fantasmas se divertem" e ainda relativamente pouco conhecido, o longa-metragem foi o primeiro do homem-morcego desde o filme para a TV lançado em 1966.
De início, o anúncio foi recebido com desconfiança pelos fãs de quadrinhos, mas assim que o trailer chegou às salas de cinema não se falou mais em outra coisa no mundo pop. Estampado em camisetas, bonés, adesivos, lancheiras e outros itens, o famoso (e retrabalhado) logotipo de Batman se espalhou com velocidade pelos quatro cantos do planeta, num fenômeno que ficou conhecido como Batmania e rendeu US$ 750 milhões apenas em merchandising - número maior até que os US$ 413 milhões arrecadados nas bilheterias mundiais pelo filme.
"Aquele verão foi incrível. Você não podia virar para o lado sem ver o bat-sinal em algum lugar. As pessoas estavam desenhando-o em suas próprias testas. Era o verão do Batman e você ser um fã de HQs era o máximo", lembra o cineasta, roteirista - e fã de quadrinhos - Kevin Smith.

Pré-internet

Nomes como os de Michael Jackson (trilha sonora), Mel Gibson (Bruce Wayne/Batman) e David Bowie (Coringa) foram cogitados para embarcar no projeto. Mas a Warner Bros. acabou fechando com um elenco não menos estelar: a trilha ficou a cargo de Prince, o papel do herói foi para o nanico - mas então ultra-cool - Michael Keaton e Jack Nicholson, de olho nos lucrativos royalties, terminou concordando em encarnar o vilão Coringa.

As filmagens de Batman foram realizadas secretamente em um estúdio próximo de Londres chamado Pinewood. Numa época em que mal existia internet, dois rolos de filme foram roubados durante a produção, e um dos membros da equipe chegou a receber uma oferta - negada - para vender fotos de Nicholson como Coringa pela quantia de 10 mil libras.
Quando finalmente foi mostrado ao público, "Batman" chamou atenção por seu tom sombrio e a arquitetura gótica de Gotham City - algo bem diferente do que se conhecia da estética "camp" da série de TV homônima. Criador de um dos mais estilosos Batmóveis já pilotados pelo herói, Anton Furst venceu o Oscar daquele ano pela direção de arte do filme.
O maior deslize, no entanto, se deu no uniforme de Batman. Muito emborrachada, a roupa deixava endurecidos os movimentos do herói e seu rosto quadrado. Algo bem mais digno, é claro, do que os "mamilos" do uniforme do Batman de Joel Schumacher, mas tosco se comparado ao visual mais recente dos filmes de Christopher Nolan.

Nicholson x Ledger

A briga é mais acirrada, entretanto, quando se trata do Coringa. Mesmo com toda a liberdade criativa tomada por Burton e o roteirista, Sam Hamm, que modificaram substancialmente alguns dos aspectos dos quadrinhos, o Coringa do primeiro "Batman" é ainda considerado por alguns como a melhor encarnação do personagem em todos os tempos. Especialista em viver papéis ensandecidos, Jack Nicholson conseguiu dosar na medida certa os traços psicóticos do arqui-inimigo do homem-morcego com o humor típico do personagem das HQs.
Seu Coringa é cínico, violento e inescrupuloso, mas é também um sujeito carismático que sabe apreciar as artes e executar uns passinhos de hip hop anos 80 enquanto vandaliza as obras de uma galeria com boina e aquarela de pintor.
Inspiração para o ator australiano, que empresta claramente alguns de seus tiques e trejeitos, o Coringa de Nicholson só foi superado - ao menos para a geração atual - pela perturbadora e visceral atuação de Heath Ledger, que entrou em depressão durante as filmagens e morreu antes mesmo que "O cavaleiro das trevas" chegasse aos cinemas, em julho de 2008.

Briga de números

Na comparação numérica, o "Batman" de 1989 também sai perdendo na disputa com o mais recente filme do personagem. Com US$ 1 bilhão arrecadado nas bilheterias mundiais, "O cavaleiro das trevas" é o quarto filme mais visto em toda a história do cinema. Nada desprezíveis, porém, os US$ 413 milhões feitos pelo filme de Burton o colocam na 98ª posição do ranking, à frente de todas as demais continuações da franquia. O fato é que, se "Batman" não tivesse rompido a resistência inicial dos fãs e dos desconfiados produtores de Hollywood, abrindo as portas do cofre, provavelmente nenhuma de suas futuras sequências teria saído do papel. Foi graças a ele que as histórias em quadrinhos conquistaram definitivamente as telas dos cinemas e que desenhos como "Batman: a série animada" passaram a frequentar os televisores de muitos marmanjos por aí.


Bom, eu ( Cristal ) particularmente falando, sou super fã de Batman, leio muito os quadrinhos. Acho o filme de 1989 espetacular em todos os sentidos. Adoro o Tim Burton, acho que ele conseguiu dar o tom no filme. Acho o Michael Keaton melhor ator do que o Bale. Quanto ao Coringa, ambas as versões são inesquecíveis. Porém, acho que o Coringa de 1989 é O Coringa dos quadrinhos, mesmo com todas as modificações. Já o do Heath é um dos maiores psicopatas da história do cinema, e a atuação dele é muito melhor...


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